segunda-feira, 19 de maio de 2008

IX PROLATINO - Normas Internacionais de Contabilidade dominaram trabalhos

A conclusão sintetiza-se numa palavra: êxito. Cerca de 1500 profissionais, a presença de dois secretários de Estado (Assuntos Fiscais e Justiça), 12 comunicações provenientes de quatro países latinos (Portugal, Brasil, Espanha e Itália) e muitas ideias e contributos em prol do progresso da Contabilidade, atestam bem do espírito que, nos passados dias 9 e 10, esteve presente no Centro de Congressos de Lisboa. Foi a materialização do IX Prolatino - Congresso Internacional de Contabilidade do Mundo Latino, que assim decorreu pela segunda vez consecutiva em Portugal.

Depois, há também a acrescentar a presença do «pai» de todo este movimento, o incontornável António Lopes de Sá, figura cimeira da Contabilidade brasileira e mundial, para quem, como vincou na sua breve intervenção de abertura, «ciência, legalidade e ética deve ser o tripé em que assenta a Contabilidade.» Junte-se ainda a participação dos mais altos responsáveis da Contabilidade brasileira, como Maria Clara Bugarim e Juarez Domingos Carneiro, presidente e vice-presidente, respectivamente, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e de representantes da quase totalidade dos 23 Conselhos Regionais de Contabilidade para se ter uma noção mais aproximada da grandeza do evento.

Ante uma platéia atenta e que esgotava o vasto auditório, a sessão de abertura arrancou com breves palavras de Manuel dos Santos, presidente da Mesa da Assembléia-Geral da CTOC, que se congratulou com a adesão massiva dos profissionais e que lhes recordou que «a defesa dos contribuintes é algo delicado e que tem de ser feito com equilíbrio». O eurodeputado não esqueceu as questões comunitárias e lembrou que «a harmonização fiscal na UE não é fácil. As instituições europeias estão empenhadas em avançar com a harmonização possível».

Porque o Técnico Oficial de Contas do presente «vai muito para além do debitar e creditar», Domingues de Azevedo justificou a pertinência do evento com a «necessidade de debatermos questões fulcrais da actualidade» e mostrou-se convicto que a iniciativa é mais uma oportunidade «para aprofundar conhecimentos, levantar perguntas e tentar encontrar soluções.»

Ideia semelhante foi também expressa pela presidente do CFC, Maria Clara Bugarim, para quem o Prolatino é sinónimo «de aproximação de nações amigas» e significa «mais um forte contributo para o progresso da Contabilidade.»

As vantagens e desvantagens da adopção das normas internacionais de Contabilidade foram um dos temas subjacentes a todo o evento e Carlos Lobo, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, delas falaria também, mostrando-se convicto que «o resultado final será uma síntese dos pontos fortes das escolas anglo-saxónica e latina», numa clara alusão há muita polémica instalada no meio académico e profissional sobre a adopção das novas normas. O responsável governativo deixou ainda um importante aviso à navegação: após a implementação do Sistema de Normalização Contabilístico, que se encontra em discussão pública desde 16 de Abril, «será necessário um upgrade da profissão de TOC.» No entanto, é convicção de Carlos Lobo, «apesar de todas as rupturas exigirem custos, os ganhos serão certamente superiores.» O futuro o dirá.

Fonte: CTOC

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