Prof. Rodrigo Antonio Chaves da Silva
Contador, Membro da Escola do Neopatrimonialismo
As pessoas tais como pérolas devem ser lembradas assiduamente em vida, quanto mais depois do seu passamento.
A história geral se desencadeia pela verdade, e pelas maravilhas da natureza, todavia, as histórias das gentes se desenvolvem pelas pessoas.
Dizia um grande filósofo que a cultura é produção de homens, estes com a capacidade de agir com a inteligência, de medir com a ciência, de produzir com afinco e boa vontade, e de lutar por um ideal.
Podemos facilmente dizer que este perfil é enquadrado em Antonio Lopes de Sá.
O professor era respeitoso e respeitável não só com os seus ideais, mas, com os objetivos da classe.
Ele sabia respeitar os demais amigos da ciência e até os inimigos ocultos, os que lhe, de certa forma, faziam uma oposição, ou perseguição.
Ele sempre perfilhou com brilhantismo seu caminho respeitando, obedecendo, e estudando aquilo que os seus mestres lhe ensinaram.
Nunca foi contra pessoas, mas, contra os ideais contrários à contabilidade técnica.
Não aceitava a idéia estaparfúdia que a contabilidade deveria ficar apenas no levantamento, ou seja, a mentirosa idéia de ciência da informação.
Mesmo em seu recanto mineiro, produziu obras de qualidade, que, com sinceridade, duvidamos ter outro autor que as faças em grau de originalidade, criatividade, conteúdo e animismo.
O professor até com os seus contrários fazia a sua parte, nunca vindo a ofender ninguém, mas somente as idéias que cada um produzia.
Lopes de Sá sem dúvida foi um verdadeiro mestre da contabilidade, mesmo com a sua idade não esquecera do seu compromisso cultural e produzia seus livros com imenso afinco, coisa que não é comum de se ver no Brasil, com outros professores.
Nunca se ausentou do Brasil produzindo tudo aqui praticamente, e em Minas Gerais.
Além disso, era reconhecido no mundo todo pela sua capacidade, sua doutrina, sua cultura, e a sua obra teórica e prática; ora ele é o autor que mais escreveu na face da terra, e em português, em número de livros.
Tal como um corpo manco sinto com a ausência do meu pai doutrinal que me encaminhou literalmente na ciência.
O meu adeus para esta vida, e meu esperar para outra, para te ver novamente querido mestre, um abraço com afeto daquele seu discípulo, descanse em paz, Professor Lopes de Sá.
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